terça-feira, 17 de maio de 2011

Pelo caminho das casas abandonadas


Pelo caminho as coisas são tortas.
As horas(já mortas) me trazem seu sinos.
Vou a passos lentos e sinto o vento mansinho, serpeando em minhas costas.
Pelo caminho das casas abandonadas, olho com horror as portas fechadas.
O que me guardam estes interiores?
Vou com o cheiro das flores apagando a ferida marcada.

Faz tempo que este caminho voltava meus pés.
Mas no coração de seu centro temiam meus olhos medrosos.
-Pois tudo que fica será um dia inevitavelmente reencontrado.
Reclamava o coração que tudo aposta.