sexta-feira, 5 de abril de 2013


1.3

Ele se senta em minha frente com seus olhos de desejos
E eu me ofereço como um café

2.3
Bebemo-nos
Partimos do fato de que não podemos mais nos abandonar
Que tentamos de tudo
Que sangramos a arte pelo necessário de viver

3.3
Proibidos forjaremos a canção ideal
Teremos sapatos de rotina e olhos turvos de uma cegueira branca
Diremos amenidades entre os homens
Deitaremos os cantos dos lábios
Compraremos inverdades
De papel passado nossa covardia nos terá
Até que a morte nos separe...
Seremos o que jamais quisemos ser.