quinta-feira, 30 de junho de 2011

E vou me perder, eu sei.

E vou me perder, eu sei.
A rua suspeitando meu intento
Deixa-se ser, suave aos meus pés de vento.
E mesmo que me chamem não vou me virar.
Seguir é mais doce do que qualquer veneno
Eu sei.
Ainda que eu siga algo continuará me seguindo.
Sou eu
Sempre me buscando.

Eu vou me perder, eu sei!
Está noite nem a lua saberá onde andei vagando meus delirios
Seguindo e seguindo
Assim vou achar ou perder meu caminho.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Entre as mãos e o infinito.


Minha boca escarninha.
Violenta os sorrisos que não deveriam nascer.
Prova a pólvora
Arrisca o segredo.
Espia.
Com olhos de anseio.
Um instante de nada
Um amanhecer de papel
Cuspo o veneno falso que Julieta bebeu!
Não era amor, era preciso dizer.
Suave as coisas se desfazem
Contra o peso do corpo
Contra a rua de piche.
Agüento
Mortalha de carne
Que sofre e carrega
O peso do intangível.
O mistério do desejo quando se sabe finito.
A dança frenética da paixão.
O frio medonho do medo.
A imensidão das coisas
Que eu sei agora, pequena e cansada
Não posso tocar tudo.
Nem posso querer nada.