segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sei que os ventos são sabios

Não tenho ideia de onde você esteja.
Mas serei paciente.
Ancorando meu barco na espera de outros ventos.
Precisando de acasos para ir vivendo.

Prometo não desesperar-me.
Se o mar  se agigantar sobre meu pequeno barco.

Sei que os ventos são sabios
E que minha rota estará salva.
Seja ela qual for.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um número imensurável de idéias deveriam virar lixo agora.

Um número imensurável de idéias
Deveriam virar lixo agora.

E eu digo pra mim também.
Por que me esqueço de jogar fora meus entulhos.
E quando me dou conta estou carregando peso demais.

Meu Deus!
Tantas tolices nos fazem chorar.

Porque esquecemos que tudo são criações.
E que não fomos nós que as criamos.
Nós só compramos o jogo.

E estamos jogando com tudo.
À toda prova pra provar que somos...
Que somos o que?

Normais.

Mas quem criou esse conceito?
Certamente alguém terrivelmente com medo.
De suportar a solidão de ser único.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Disseram que o valor de troca pode ser humano.



Um preço especial foi estipulado.
Disseram que o valor de troca pode ser humano.
Não ficaremos com medo?
Não.

Estamos no tempo do lucro!
Os seres humanos estão vendendo tudo!
Na cesta básica estão produtos dos mais variados.
Amor, felicidade, distrações, filhos, desejos.

Tudo feito para durar pouco.
Essa é a lógica do consuma-se enquanto há tempo.

Ninguém vai querer perder a junventude e a beleza.
Caros, mais indispensáveis.

Neste mundo de alegorias.
Onde tudo é feito para acabar-se.

Nada escapa a idéia do...
Antes eles do que eu.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ventando


 
 
Em um espaço lento deixo irem meus pés.
Ventando
As coisas boas vindo.
Voltando
Sem querer voltar a ser.

Acredito que posso seguir.
Não mais espero a luz encantada.
O mistério.
Sei que as coisas são feitas de escolhas e que cabe muito mais a mim.