quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Por poder do tempo




Tinha feridas de tempos
Cortadas por lamina de silêncio
Um grito e tudo feito!
Cortou o ar com seu egoísmo
Mas era tarde de mais para mentir
Então falou de si como um perdido entre todos os que se achavam estar sempre perto de tudo
E voltou ao mundo quase a ponto de partir
Por vontade da corte das loucas verdades ditas por ninguém
À vontade refém da multidão de mudos surdos
Retardados com tempo regredido
Com idéias comuns
Com comuns silêncios
Dentro do mundo nunca era dele
Em desalento seu verso foi seu escudeiro
Mas que versos eram esses que guardados em cadernos empoeirados
Tinham desejos utópicos de liberdades alheias?

Então abriu as portas e as janelas de dentro de si mesmo
E deixou que suas feriadas em pus transbordassem as avenidas do medo

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