quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nostalgia


Longe a canção ecoa no seu riso inexato
os sapatos sem rotas se espantam
os olhos de choro desatam

Longe, nos porões do passado
As cicatrizes viram nada
As idumentárias, farrapos.

Os passos já não se sabem
Os anjos já não se ouvem
Os amores (mesmo o primeiro) têm cheiro de coisa podre.

Mas dentro do nosso presente quanto enfeite nos é permitido ao lembrar?!

Tudo para que um dia, na solidão de uma hora, tua memória te esqueça impalpável.
E te faça sentir o efeito fantasmagórico de um comprimido nostálgico.

2 comentários:

  1. creio que tudo oque se viveu é válido, mesmo as coisas ruins , pois de alguma forma elas me trouxeram algum aprendizado, nada ao lembrar-se parece-me podre se já está resolvido em mim o que deveria ter entendido daquilo.

    que pensante tua poesia.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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