terça-feira, 18 de agosto de 2009

Confissão na noite fria



Noites e noites passadas dentro de meu áspero mundo só
Não consigo ver para além dos muros dos dias vindouros
Tudo dentro de mim é um fim de tarde querendo anoitecer
Tenho o amor que pedi e minha casa pra cuidar
Tenho amigos para dividir e mulheres para me saciar
Mas nas noites ásperas nada me vale, sou toda minha e só.
Lá fora o tempo e o mundo são solidões imensas para os meus pés voadores
A madrugada é fria. Eu, entre os cobertores, desnuda choro um mundo mentiroso e senil.
E no meu medo do imenso me agarro as minhas juras de não vender amores a este mundo vil

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