terça-feira, 18 de agosto de 2009

Naufrágio




Na janela sem vidro o frio incontido transpassa.
A palavra se perde na imensidão do nada

Deixei a boca aberta sem grito nem suspiro
Um ar de noite penetrando pela pele
Quem te fez assim Gabriela?! Quem te imaginou nesse silencio?!
Tu que de tão pouco fez teu mundo... E mesmo assim te sufoca.

Agora, sem verso nem mão ela te olha e te indaga.
Essa outra do espelho que te estranha e te pergunta:
-Onde foste?
Por que dentro dos poros, nas veias, latejando.
É que tua vida submersa te leva e afoga
Afoga-te onde antes navegava cheia de esperanças de terras distantes?
Gabriela, teu mar tão azul...
Te traiu.

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