terça-feira, 29 de setembro de 2009
A amante.
Na rua dos alucinados, daqueles sem esperança alguma
Encontrei uma dama pura.
Vestiu meus sonhos mais doces, com pés de ventania.
Na suas coxas fartas de quanto consolo me embriaguei
Torpe de sentidos, na sua cama de flores meu cansaço adormeceu.
Fartou minha alma de lirismos, foi a fuga perfeita num tempo surreal.
Um dia, porém despertei, ela havia partido!
Deixou-me apenas esta carta, que voz irei transcrever...
“Pobre poeta perdido!
Este amor que te dei, foi teu próprio eu refletido.
Nem percebeste tu, no teu encanto, quanta mentira te sussurrava nos ouvidos
Por quantos falsos caminhos guiei tua alma vagante.
Querias beleza? Eu te dei!
Roubei de ti teus olhos, tristes... Desencantados!
Suguei das tuas veias a vida, que achavas que estava morta.
Fartamos um ao outro, amamos um ao outro!
Fomos felizes?! Quem nos poderá dizer que não!
Um beijo. Deixo-te amor, já com saudades...
Da tua eterna amante.
Ilusão.
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Muito bom. Muito bom mesmo. Quem dentre todos os que pensam podem dizer que amar o que não existe, não é amor?
ResponderExcluirAdorei o texto. Parábens.
uoooooooooooooooooouw
ResponderExcluirmas que teto nega!
muito muito muito bom.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirE o pobre poeta disse....
ResponderExcluir“Amada,
A realidade é pesada demais para esta alma que voa,
Pois nesse mundo intangível
Vivo entre dois extremos
Perdido entre a recordação e a aspiração
A saudade do que nunca mais voltará
E a esperança do que um dia virá
Agora, após tantos anos,
Estou despreparado para tamanho desengano
Vivendo um presente, que nunca é passado
Na espera de um futuro que jamais será presente...”