Gosto de beijar a doce cava das palavras, bem onde sei derramam seu leite
As entrelinhas...
Gosto das suas curvas na reta da linha
E de tudo aquilo que não sabem conter.
Guardo as palavras no meu leito silencioso.
As deixo amanhecer a seu tempo.
Após o café...
Umas ainda ficam vibrando pelo meu corpo
Outras vão, não sei nunca se regressam
O que não sei é por que me causam tanta coisa!
Acho que é por que me deparo com minha humanidade tão frágil
E este medo de ser um ser só
Sem comunicar quem sou.
Acho que é.
Nunca sei de fato, mas sinto...
Sinto tão intensamente!
Que nem sei.
As entrelinhas...
Gosto das suas curvas na reta da linha
E de tudo aquilo que não sabem conter.
Guardo as palavras no meu leito silencioso.
As deixo amanhecer a seu tempo.
Após o café...
Umas ainda ficam vibrando pelo meu corpo
Outras vão, não sei nunca se regressam
O que não sei é por que me causam tanta coisa!
Acho que é por que me deparo com minha humanidade tão frágil
E este medo de ser um ser só
Sem comunicar quem sou.
Acho que é.
Nunca sei de fato, mas sinto...
Sinto tão intensamente!
Que nem sei.
Lindo Baby,
ResponderExcluirÉ nesse instante, quando nos vemos incapazes de comunicar,
que nos sentimos sós.
Acredito na existência do entendimento, ainda que mínimo,
Mas a palavra dita não dá nada senão uma vaga idéia,
realidade distorcida e limitada, de uma essência incompreendida.
O sentimento não consegue se revelar,
Não basta qualquer palavra, gesto ou olhar.
É da natureza do homem viver aprisionado em si mesmo,
Ninguém é capaz de sentir o do outro
Pois para sabê-lo, deveria sê-lo...
Me lembrei do poema de Fernando Pessoa...
“O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente.
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe,
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...”