terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sobras




Às vezes acho que sobra muito de mim
Sobras de um amor qualquer com as mãos postas sobre o peito nu
Sobras nas latas do passado
O indigesto.
Restos não mastigados.

Acho que me sobra o que não digo
E o que na minha alma se esparsa
Não tem nome...
Não tem nome!
E só eu sei.

Te sei
Criatura marinha!
Algas sobre meus naufrágios...
Essa coisa meio esquecimento meio lembrança
Essa inexatidão de tudo que vive em mim

Que mudo me enlaça!
As sobras que joguei fora
Mas que agora
Devorariam minha alma.

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